Quem me indicou esta série, produzida pela Hallmark Channel e disponível na Netflix foi o Luciano Esposto, poeta e amigo das antigas pela rede. Estávamos falando de quão superficiais são algumas histórias hoje em dia e por isso ele sugeriu que eu assistisse. A paisagem é maravilhosa, os personagens encantadores e o enredo me conquistou já no primeiro episódio. Remete ao início de 1900, quando Elizabeth Tatcher (Erin Krakow), uma professora da cidade grande se muda para o Velho Oeste, apesar de ser de família rica. Lá ela conhece Jack Thornton (Daniel Lissing), o xerife destacado para o lugarejo, e cuja chegada coincide com a sua. Ele, que a princípio visava outro destacamento, logo percebe que sua ida para o lugarejo é por conta de Elizabeth, filha do magnata dos transportes. E assim nasce uma implicância e ao mesmo tempo desperta uma atração que ao longo da série se transforma num amor pleno de delicadezas, gestos sensíveis, abnegados e ao mesmo tempo verdadeiro e arrebatador. Cada episódio chama atenção pelas lições da professora, seu envolvimento com cada aluno, e também pelas mulheres fortes, que sofreram uma perda dolorosa e ainda assim são capazes de se doar pelo próximo e lutar pelo seu lugar num mundo ainda dominado pelos homens. A renda da vila vinha de uma mina de carvão, e foi justamente um acidente nesta mina que levou embora muitas vidas, mães perderam seus filhos e maridos. Unidas, elas enfrentam as dificuldades sem se dobrar, acabam comprovando negligência da companhia de mineração, o que comprova que o vilarejo de Coal Valley é mesmo um lugar especial. Postumamente, com o encerramento das atividades da mina por determinação judicial, o nome da cidade muda para Hope Valley. E a cidade faz juz ao nome, como Vale da Esperança. Quem se destaca como líder comunitária é Abigail Stanton (papel de Lori Loughlin), cuja atuação é impecável, mas há outros personagens fortes e carismáticos. Assisti 5 temporadas e o início da sexta, mas fiquei triste com o rumo dos acontecimentos, porque quando quando finalmente Jack e Elizabeth se casam, e supostamente teriam seu lugar feliz, Jack simplesmente morre, de um jeito estúpido, já que simplesmente ele sumiu da série por alguns capítulos e aí veio a notícia. Ou seja, uma decepção, porque a esperança de felicidade cai por terra e isso depois de tanto vai e vem entre o casal. Acredito que a série deveria terminar com o casamento, porque a vida já tem drama em excesso, e precisamos assistir mais finais felizes para ter esperança e não tragédias. Sei que a tragédia tem seu lugar no mundo, mas no contexto desta série ela destoa. É isso. Pelo menos é a minha opinião. E acredito que os fãs concordam comigo.
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