Acompanhar as mudanças fica difícil. Postagens e mais postagens de trechos de livros, convites, links, vírus, capas ousadas e até apelativas, enfim, uma loucura. Daí chega um dia em que você está com uma postagem para fazer e questiona o que é forçar a barra e o que é ter algo a dizer.
A internet ajuda e atrapalha. Entendo que a mídia dita muito pra nós, o que fazer, o que comprar, como agir e, por consequência, o que ler. Mas é preciso ter cuidado com o que se lê e principalmente com o que se escreve, com o que se dissemina por aí.
Não vou criticar o que não li. Não vou desmerecer o que é bom. Vou falar do li e do que vi.
Há uma quantidade de péssimos livros autopublicados nessas plataformas digitais que chega a dar medo do contorno que a Literatura Nacional vai assumir. Livros eróticos aos montes, alguns praticamente cópias de outros que fizeram sucesso no exterior, com textos sem nenhuma coesão, mal-escritos e pobres.
Entendo que a editora sob demanda precisa sobreviver. Entendo que o autor precisa escrever. Só não entendo o descuidado em publicar toda e qualquer coisa só porque está na moda, com um vocabulário chulo e personagens abusivos. Sem revisão de texto, sem revisão de conteúdo. O Brasil já lê pouco e quando lê algo assim, desculpa, lê menos ainda.
Por isso, ando afastada. Refletindo. Trabalhando mais com a venda física. Existem momentos na vida que a gente precisa se reconstruir. Entrar em reforma íntima. Para quem sabe, algum dia, voltar melhor e mais forte.
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