A gente sabe que ser autor independente no nosso país não é nada fácil. Já falei sobre os obstáculos da autopublicação, os altos custos de impressão e sobre a dificuldade de se divulgar e distribuir um livro que não possui selo editorial.
Mas nesta Bienal de Minas de 2016 percebi algo novo. Nós, os autores independentes, os locais e vindos de outros estados, juntos acabamos por formar o maior estande da Expominas.
É isso mesmo. Quase ninguém nos conhece e, no entanto, temos uma representação significativa.
Não falta charme em nossos livros e nem qualidade nas impressões. Não falta história para contar. Não falta determinação e nem simpatia nos autores. O que falta é maior VISIBILIDADE. Falta um chamado para o público de forma que possam prestigiar não só os novos autores que vêm de outros estados, como também os locais.
E merecemos maior atenção do público porque somos expositores o dia todo. Cumprimos um horário puxado. Somos sonhadores, persistentes e representamos a nova produção literária do Brasil.
Não é um selo editorial ou a atenção repentina que a mídia derrama sobre alguém que determina a qualidade de um trabalho literário. É o público que diz o que vale a pena ler dentro de cada gênero. Sem patrocínio e sem ter quem indique, confesso, chegar a este público é muitoooo difícil.
E lamento profundamente, pois este mesmo público sequer tem noção de como é importante para um autor independente estar em uma Bienal e o quanto investimos nisso. Não somos livrarias ou grandes editoras que vendem rios de livros. Somos artistas que ganham seus leitores um a um. Pessoas que por alguns dias alteram completamente a sua rotina para distribuir suas obras. Viajamos, investimos e trabalhamos muito para estar num evento literário tão importante como este, mas com nossa localização tão próxima à saída da Expominas, confesso, fica muito difícil cativar o leitor no fim do passeio, quando a maioria das aquisições literárias já foi feita.
Então, quem sabe não seja um momento de dar uma chance para quem está começando? Que tal um informativo neste tipo de evento que indique: “conheça os novos autores nacionais, valorize o que é parte da nossa cultura.” Afinal, todos os grandes nomes da Literatura um dia foram tão desconhecidos como ainda somos perante o público que ainda não conseguimos alcançar. AINDA.
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo em gênero, número e grau. Também faço parte desse time de desconhecidos. O que precisamos é uma chance. Que sejamos aqueles outros novos caminhos que alguém resolve trilhar e lá nos encontrar. Parabéns pelo texto, Bruna.
ResponderExcluirObrigada pela visita, Edna, é isso mesmo. Abraços para você!
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